terça-feira, 21 de junho de 2011

Érico

Eu era um maldito nerd, engenheiro wanna-be que penteava o cabelo para o lado. Entretanto, já tinha lido todo o Rubem Fonseca e sabia de cor a numeração Köchel dos concertos e sinfonias de Mozart.

Foi o ano em que descobri na prática, com os colegas que disputavam estágios, como as pessoas do mundo corporativo podem ser felasdaputa. Portanto, foi também o ano em que resolvi parar de estudar as transformações químicas do ácido ózico ou a viabilidade econômica da hidrólise enzimática da polpa de celulose para ser feliz de verdade, relegando a feladaputagem e o conformismo aos profissionais.

De fato, a vida melhorou muito desde então. Por exemplo, passei a raspar o cabelo em vez de tentar discipliná-lo.

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