quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Leandro Durazzo

entre dois outros anos está um ano passado. Vizinho ao reino confortável do que não volta mais. Pra trás ficaram coisas, paredes enevoadas, memórias gastas. Talvez falsas. Ficou o tempo em que ainda tinha muito tempo à frente. Hoje, mesmo tendo, temos menos. E quanto mais tempo guardamos, mais passado, menos espaço sobra pra manobrarmos. O barco afunda. Em 1997 ele mal se lançava ao mar.

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